domingo, 16 de março de 2014

Frankenstein, ou o Prometeu Moderno

(Frankenstein; or, the Modern Prometheus, 1816, Mary Shelley)


Olá, leitores! Hoje postarei minha primeira resenha sobre um livro da literatura fantástica e irei relaciona-lo com suas principais adaptações cinematográficas. O escolhido da vez foi "Frankenstein ou o Prometeu Moderno" ou, como é mundialmente conhecido, apenas Frankenstein.

Antes devo confessar que Frankenstein não era o primeiro livro que tinha em mente para colocar como a resenha aqui no blog. Carrie, a Estranha era uma das minhas primeiras opções, pois nada melhor que estrear com um livro que foi a estreia de um dos meus escritores favoritos e também o primeiro de seus contos que foi adaptado pro cinema, fora que já havia visto à todas as adaptações dele e lido o livro, esse último, porém, há um bom tempo atrás e não tinha a história fresca em minha então seria um tanto de má fé fazer uma comparação "filmes versus livro" sem lembrar realmente como a história era, então fui atrás do livro na biblioteca (pois, foi o livro deles que havia lido anteriorente) porém não havia mais, e nos sebos também não tinha e meus amigos muito menos e como nesse meio tempo de procura eu já havia comprado o livro de Frankenstein, então resolvi usá-lo para  a minha primeira resenha dessa modalidade. Mas, Frankenstein é tão digno de ser o primeiro em nossa resenha quanto Carrie! Não por menos: também foi o conto de estreia da escritora Mary Shelley, o primeiro de ficção científica e também um dos primeiros de terror! Portanto estamos começando em grande estilo também!

A história de como Mary Shelley concedeu esse conto é no mínimo interessante, digno de nota antes de lhes dar uma resenha: era uma noite de novembro (assim ela também denominou a noite em que Frankenstein "dá luz" a sua criatura no conto) de 1816 chuvosa; encontravam-se Mary, seu marido e poeta Percy Bhysse Shelley e seus amigos e também escritores John Polidori e Lord Byron (dono da residência a qual estavam pousando). Por estarem confinados pela grande tempestade eles resolvem ler alguns contos de terror alemães e após a leitura Lord Byron propõe que cada um escrevesse um conto também de terror. Lord Byron escreveu um pequeno conto que mais tarde seria fragmentado ao seu poema Mazzepa, Polidori escreveu um romance chamado "O Vampiro" que foi considerado um dos primeiros a descrever essa criatura como a conhecemos hoje e que, incrivelmente, influenciaria mais tarde Bram Stoker em seu romance "Drácula". O casal Shelley foram os únicos que não haviam tido ideias àquela noite, porém, no dia seguinte, á partir de uma conversa que seu marido e Byron tiveram sobre o princípio da vida e questões que alguns famosos alquimistas levantaram sobre a criação da mesma, Mary, naquela noite, teve pensamentos sobre essa conversa que a deixaram perplexa e sem sono: um homem que se atreveu, através da alquimia e ciência, criar um humano, porém, a sua experiência não é satisfatória e a criatura deformada passa a atormenta-lo! Esses pensamentos fizeram com que Mary Shelley os colocasse no papel aderindo a proposta de Lord Byron, assim nascendo o conto de Frankenstein! P.S.: É incrível perceber que num mesmo dia, ou melhor, noite, surgiram dois dos monstros que se tornariam grandes personagens da cultura popular e literária: o monstro de Frankenstein e Drácula.

Este conto foi escrito através de uma narrativa-quadro (quando uma história contém outra), contado através de cartas do personagem Robert Walton para sua irmã, que em uma expedição rumo ao Pólo-Norte, cujo ele é o capitão, acaba encontrando o cientista Victor Frankenstein. o acolhendo; é então que esse começa a lhe contar sua história.
Frankenstein era de uma família nobre de Genbra cujo seu pai era o barão e com sua mãe, Caroline Beaufort, teve mais 3 filhos: Ernest, Willian e uma órfã que adotaram de uma família pobre italiana, chamada Elizabeth, que possuía mais ou menos a idade de Victor e mais tarde se tornaria seu amor. Ele sempre se interessou por ciências naturais e é quando, ao completar 17, anos resolve ir para a universidade de Ingolstadt na Alemanha para estudar isso. Mas, pela morte de sua mãe por Escarlatina, ele adia a viagem.
Ao conseguir começar seus estudos, Victor tem grande interesse em anatomia e pela crição da vida, sugeridos por grandes alquimistas como Paracelsus e Albertus Magnus, o que é condenado pelo professor Kremp, mas recebe apoio do professor Waldman. Não se deixando aborrecer, Victor, cada vez mais interessado na criação da vida, resolve criar uma idêntica ao ser humanao porém, com mais força e magnificência, então ele recorre á junção de partes de corpos de pessoas mortas para construir essa criatura. E numa noite chuvosa de novembro (assim, como a autora sugeriu lá em cima) ele "dá luz" a sua criatura, mas ao perceber a aparência patética e repugnante que ela dotou, ele cai em desgosto e resolve abandonar tudo, inclusive a criatura em seu laboratório e sai pelas ruas de Ingolstadt, quando, cansado para em uma casa de repouso onde, de repente, encontra seu amigo Henry Clerval que veio justamente saber notícias dele e levar a sua família, pois há um bom tempo Frankenstein não havia se comunicado com eles.
Frankenstein, fica sabendo do assassinato de seu irmão Willian e que uma criada Justine Moritz foi condenada, o que ele acha estranho, pois, Justine era de confiança e incapaz de executar um ato desses. Assim, abalado, ele e Henry resolvem voltar a Genebra. Durante o caminho, Victor acredita ter visto sua ciatura por entre as árvores o seguindo e ao chegar em casa e saber de como Willian foi morto e porquê Justine foi incriminada, suas suspeitas crescem ainda mais, fazendo com que acredite que sua criatura pode ter sido o assassino. Justine é condenada a morte.
Abalado com os últimos acontecimentos, Frankenstein, resolve escalar o Monte Branco e passar uns dias nele, é quando ele encontra sua criatura. [ALERTA DE SPOILER!!! A PARTIR DAQUI A RESENHA ENTREGA PONTOS IMPORTANTES DA HISTÓRIA. CASO NÃO TENHA LIDO LIVRO, RECOMENDO NÃO LER E PULAR PARA A PARTE QUE JÁ NÃO É MAIS SPOILER, MAS CASO QUEIRA, LEMBRE-SE QUE SERÁ POR SUA CONTA E RISCO!]O monstro, que agora dotado de fala e movimentos bem articulados, leva Victor até seu abrigo e resolve contar sua história. Após ter sido abandonado por Frankenstein, a criatura andou desorientada nas florestas até acabar numa cabana onde, escondida, aprendeu a ler e escrever e um dia quando foi se apresentar para os residentes dela, foi mal tratado devido a sua aparência e isso se repetiu quando encontrava outros camponeses. Amargurado pela rejeição, a criatura jura vingança a seu criador. É quando ela confessa o assassinato de Willian a chegar em Genebra e incriminação de Justine para atingí-lo. Então a criatura, pede a Frankenstein que crie uma outra criatura, só que dessa vez mulher, para lhe fazer companhia e que não se sinta sozinho, ou Frankenstein iria sentir na pele do que ele era capaz.
Frankenstein, com medo, concorda e, após voltar pra casa se noiva com Elizabeth e, junto de Henry, partem para a Grã-Bretanha para realizar seu experimento, mas lá, pensamentos horríveis sobre a procriação da criatura lhe assombram o fazendo desistir do acordo. A criatura, que o estava seguindo e o observando a cada passo, enfurece-se e jura vingança na noite de núpcias de Victor e parte, mas antes mata Henry Clerval.
Frankenstein é preso acusado do assassinato de Henry, mas, por não ter provas, é liberto. Ao voltar pra casa se casa as pressas com Elizabeth e sai em lua-de-mel com ela, porém, temendo o ataque da criatura, resolve vigiar a casa até o amanhecer, mas, a criatura consegue adentrar o quarto de Elizabeth e a mata estrangulada. Frankenstein volta pra casa e conta a notícia a seu pai, que acaba caindo numa profunda tristeza e falecendo.
Victor, vendo sua vida desmoronando, resolve de caça, virar o caçado e perseguir sua criatura jurando matá-la. Propositalmente a criatura o faz perseguí-lo para terras inaptas, acabando por chegar nas gelerias, onde encontram o capitão Walton, o que deu início a história. Após, terminar sua narativa a Walton, Victor morre devido a fraqueza é então que a criatura, que novamente o estava vigiando, aparece aos prantos se lamentando pelo ocorrido e jura que irá para bem longe se suicidar e não incomodar jamais um humano novamente. Então, após o discurso ele realmente sai do návio e desaparece no horizonte.[FIM DO SPOILER]


Capa do 1º vol. da 1ª edição do livro.
A resenha acima foi baseada na 3ª edição do livro de Mary Shelley de 1831, o qual a maioria das editoreas se baseiam atualmente para publicar o conto. E possui algumas mudanças em relação as duas primeiras edições, tirando o fato de como foram lançados, pois na 1ª edição foi em 3 volumes e na 2ª, dois (e a terceira apenas um, irônico, não!); mas em relação a história, como, por exemplo, o fato do parenstesco entre Elizabeth e Victor para suavizar o "inscesto" entre os dois, pois, nas duas primeiras edições Elizabeth era prima de primeiro grau de Victor, filha do irmão de seu pai que após a esposa Sofia falecer resolve deixar a filha com o irmão. Na 3ª edição, conforme vocês viram pela resenha, Elizabeth é adotada não tendo nenhum laço de sangue com a família. Na primeira edição do livro (1818) o nome da autora não foi incluído, por causa das restrições femininas daquela época e continha apenas uma prefácio de Percy Shelley.



Frontispício desenhad por Theodor Von Holst para a edição de 1831.
Vale ressaltar também que na época em que escreveu o conto (1816), Mary tinha apenas ela tinha apenas 18 anos (logo 20 quando o livro foi publicado  primeiramente) e por causa disso, Mary foi considerada uma visionária, pois criou um dos primeiros romances de ficção científica, conforme já citei, fora os temas abordados, não só o preconceito que é o maior deles, mas também a revolução social e científica que ocorriam a época da escrita do conto. Não por menos, Mary é filha dos maiores pensadores/escritores britanicos daquela época:o filósofo anarquista Willian Godwin e a escritora feminista Mary Wollstonecraft. Ela tinha genialidade de quem herdar, né?!


O ator Thomas Potter Cooke, interpetrando a criatura na peça de 1823.
Enfim, o livro apesar das críticas negativas foi um sucesso de público, e como todo best-seller tem suas adaptações para outras mídias, com Frankenstein não seria diferente. A primeira foi para o teatro, em 1823 do diretor Richard Brinsley Peake. Já nos cinemas, a primeira adaptação consta de 1910, pela Edison Studios. Mas isso é um assunto pra seção "Dádivas e Dúvidas" que criarei para resenhas de livros a qual o relacionarei com os principais filmes adaptados.

Mas, antes, de irmos pra essa seção e antes que eu me esqueça e deixe vocês se perguntando "e o que diabos o tal Prometeu Moderno do título tem a ver com a história?!", pois então, Prometeu foi um titã da mitologia grega que roubou dos deuses o dom de fazer fogo e por isso foi severamente punido por Zeus. Entenderam agora a relação da lenda com o conto? Mary Shelley, nada mais quis que nos dar uma lição de moral que beira o cristianismo, dizendo que não se pode bancar Deus, como Frankenstein fez tentando conceber o dom da vida a uma criatura e sofrendo a consequência através dos atos da mesma, tái o Prometeu Moderno (que já nã é mais tão moderno assim, rsrs, brinks!). Bom, agora vamos ao que interessa!


Dádivas e Dúvidas

A criatura, interpretada por Charles Ogle, no filme de 1910.
Conforme havia dito, todo bom livro que se preze, ou que tenha um enorme sucesso comercial, é adaptado a outras mídias e o cinema é a principal delas, e que, na mioria esmagodara dos casos, é responsável pelo sucesso do mesmo. Com Frankenstein não foi diferente. A primeira adaptação cinematográfica (como també já falei) é a de 1910, que, levando em consideração a época de produção, é um filme mudo e curto (apenas 16 min.) dirigido e roteirizado por J. Searle Dawley, no qual a criatura, no final da história, após ver o amor entre Elizabeth e Frankenstein resolve daixá-los em paz (me desculpem o Spoiler!).
A segunda adaptação cinematográfica também é da época muda do cinema, porém da época onde já começavam a se produzir longas e data de 1915. O filme se chama "Life without Soul", dirigido por Joseph W. Smiley contando a história de um cientista que cria um homem sem alma,mas no final, tudo não passava de um sonho que teve ao pegar num sono lendo o livro de Mary Shelley. Esse filmes é um dos muitos filmes considerados perdidos, o que é uma pena, já que conforme a sinopse e fotos do filme que tem pela internet, parece ser bem interessante. Mas Frankenstein só é conehcido atualmente devido à suas adaptações cinematográficas, sendo fiéis ou não ao livro, produzidas perto da metade do século passado e é delas que falaremos com maior ênfase a seguir.

DÁDIVAS:

  • Frankenstein (1931, James Whale)

É uma das mais famosas adaptaçãoes e é responsável por lançar a criatura como a conhecemos hoje: que, diferente do livro (e que não citei lá em cima) na qual ela tem pele e olhos amarelados dando para ver suas veias e artérias, aqui a criatura tem a pele esverdeada com a cabeça achatada e dois eletrodos no pescoço.

Aqui o cientista Frankenstein (Colin Clive) tem como seu primeiro nome Henry e, não me pergunte porque a troca, o nome de seu melhor amigo no filme é VICTOR (John Boles -  e ainda recebeu o sobrenome Moritz, que no livro era da empregada Justine, como seu). Não sei se na peça em qual o filme se baseou (sim, o filme é baseado na adaptação teatral de 1927 de Pegy Webling), os nomes também eram trocados, mas, aqui Frankenstein é mais usado (acho que para não confundir muito o espectador) para se referir ao cientista (e que no final das contas acabou erroneamente sendo associado a criatura, mas tocamos nesse assunto depois!).Victor junto de Elizabeth (Mae Clarke), noiva de Frankenstein, partem em busca dele para saber suas notícias, pois, há muito não os davam; e pra isso contam também com o outrora professor de Henry, o dr. Waldman (Edward Van Sloan). Chegando lá, mesmo sobre fortes negativas de Henry, os 3 adentram o laboratório e acabam presenciando-o dando vida a sua criatura (Boris Karloff) que ele criou através de restos mortais. Ela é mantida em cativeiro para as experiências de Frankenstein; só que num dia, a criatura, que até então mostrara-se dócil, rebela-se e mata o atrapalhado assistente de Frankenstein, Fritz (Dwight Frye, que mesmo interpretando crápulas e/ou louco nos filmes continua sendo simpático) e é dificilmente contida por Frankenstein e Waldman.
Frankenstein exausto pelos últimos acontecimentos, resolve deixar as experiências com a criatura com Waldman e volta para casa para se casar com Elizabeth. Porém, a criatura escapa [SPOILER] deixando uma trilha de assassinatos (na verdade só dois: do dr. Waldman e uma menininha que encontrou na floresta) e causando a revolta das pessoas que partem na caça da criatura, acompanhadas pelo seu criador Frankenstein, até cuminar no embate final entre criador e criatura. [FIM DO SPOILER]

O filme foi um sucesso de público e crítica, sendo aclamado até hoje. Esse filme junto de Drácula (produzido anteriormente no mesmo ano e com Bela Lugosi no papel do vampiro) foram responsáveis por lançar o legado da Universal como uma das principais produtoras de filmes de terror. O filme também elevou Boris Karloff ao status de Astro do Terror, o que fez com  ele fosse eternizado no papel do monstro (crédito também para a maquiagem de Jack Pierce, que até hoje é mantida sobre ditreitos autorais da Universal, não podendo ser reproduzida novamente). Papel esse que ele interpretou em 3 dos 7 filmes da franquia (sendo 2 deles crossovers) que a Universal fez com enfoque no monstro, sendo o cientista (parentes de Frankenstein ou não) trocados a cada filme. Esse fato foi o causador da fama erronea de Frankenstein como o monstro e não o cientista que o criou, pois, a Universal deu bastante holofote a criatura que até em alguns filmes é referenciada como Frankenstein. Voltando ao Karloff, ele se recusou a interpretar o monstro novamente, pois, não queria que sua imagem ficasse desgastada com o monstro e fez bem, pois, a cada sequência a criatividade é decadente (novidade?!) e a figura do monstro realmente desgastada  e nessa parte reparamos que foi a Universal a responsável por criar tendências que mais tardes viriam a ser repetidas no cinema, principalmente no terror, como explorar um personagem a exaustão numa franquia e até criar crossovers com esses personagens (por isso se o terror está assim hoje em dia, a culpa é da Universal! [risos]). As sequências que fazem parte da franquia são: A Noiva de Frankenstein (1935 - Karloff ainda como a criatura), O Filho de Frankenstein (1939 - também Karloff), O Fantasma de Frankenstein (1942 - com Lon Chaney Jr. no papel da criatura), Frankenstein encontra o Lobisomem (1943 - o 1º crossover entre monstros da Universal: o Lobisomem, que é vivido por Lon Cahney Jr. que também o interpretoou no filme original e a criatura de Frankenstein que aqui é vivido por Bela Lugosi, que curiosamente havia recusado o papel do monstro no 1º filme), A Casa de Frankenstein (1944 - Glenn Strange como a criatura e Boris Karloff volta só que como o cientista), A Casa de Drácula (1945 - novamente um crossover, esse com os 3 principais monstros da Universal: o monstro Frankenstein [novamente Glenn Strange], Drácula [John Carradine] e o Lobisomem [Chaney Jr.]) e Às Voltas com os Fantasmas (1949 - uma comédia de humor negro em que o monstro é vivido por Strange novamente, sendo em algumas cenas substituído por Chaney Jr.).

Nota: 9 / 10



  • A Maldição de Frankenstein (The Curse of Frankenstein, 1957, Terence Fischer)


Essa adaptação de Frankenstein não foi só um marco pra Hammer, mas também pro cinema de terror em geral. Foi o primeiro filme dela filmado a cores; o primeiro também a ser filmado no estilo gótico (que viraria sua marca registrada), já que até então havia feito apenas filmes de terror sci-fi (que dominaram a década de 50); e também uma das primeiras refilmagens de filmes da Universal que o estúdio produziria. Porém, devido a restrição de direitos autorais que a Universal mantinha sobre vários aspectos de seu filme (inclusive a maquiagem do monstro, que aqui no filme continuou esverdeada, mas apenas essa a característica semelhante. Nesse ele tem uma aperência mais putrefata, como se a pele estivesse em decomposição), pouca coisa aqui na versão da Hammer foi baseada no filme de 1931, tendo assim que partir para elementos do livro (o que, na minha opinião, deveria ser prioridade).

A história do filme é narrada através de Frankenstein (aqui Victor como no livro - interpretado por Peter Cushing) para um padre (Alex Gallier) na prisão onde se encontra para escapar da execução. Victor conta a história desde sua adolescência (nessa fase interpretado por Melvyn Hayes), quando se torna noivo de sua prima Elizabeth (Hazel Court), contrata um tutor para ajudá-lo em seus estudos, o prof. Krempe (Robert Urquhart), até um dia, quando já adulto, resolve fazer uma experiência criando um ser humano e o dando vida. Krempe, que o havia ajudado em todos os experimentos até agora, não concorda com a idéia e vendo que Frankenstein não desistiria sai de sua casa. Frankenstein usa pedaços de pessoas mortas para construir sua criatura e quando fica faltando apenas o cérebro ele decide assassinar um professor, o sr. Bernstein (Paul Hardtmuth), para usar seu cérebro e criar um ser inteligente. Frankenstein assim o faz e, após a criatura (Christopher Lee) estar pronta, a dá vida.
Frankenstein, assim, como no filme de 1931, a mantém presa para experiências, porém ela escapa. [SPOILER] Na floresta, nas proximidades da mansão de Victor e para qual a criatura fugiu, ela mata um senhor cego (ao contrário do livro, em que ela se mostra compassiva e tem isso recíproco do velho cego que morava na cabana ao qual ela se escondeu), mas logo é capturada e morta, por Frankenstein e Krempe que faz Victor jurar que não fará mais essas experiências. Mas, logo que Krempe se afasta novamente, Victor revive a criatura e a usa para matar sua criada Justine (Valeria Gaunt), sua criada a qual também mantinha um caso escondido e que o ameaçou entregar as autoridades pelos seus feitos caso não dispensasse Elizabeth e se casasse com ela. A criatura fica fora de controle e foge novamente pegando Elizabeth como uma refém. Então numa tentativa de matar a criatura jogando uma lamparina nela, acaba matando também Elizabeth, que por incrível que pareça foi o único motivo pelo o qual ele foi preso! Assim termina sua narrativa, que não convence em nada o padre e, ao pedir o testemunho de Krempe, o mesmo nega (olha só que amigo, hein?!) e então Frankenstein vai pra guilhotina (cena, que não é mostrada). [FIM DO SPOILER]

Conforme eu havia dito o filme se baseou mais no livro que no filme da Universal (o que era pretendido), tornando-se assim, um pouco mais fiel à ele do que seu antecessor. O nome dos personagens principais estarem de acordo com o livro é um deles, a narrativa de Frankenstein ao padre também é uma alusão a no livro Frankenstein narrar ao Capitão Walton e, outra coisa que me chamou a atenção, foi o fato deles terem colocado Elizabeth como sua prima de 1º grau assim como constava nas primerias publicações do conto; até a tia Sofia, que é mãe de Elizabeth no livro, tem uma pequena participação no filme, interpretada por Noel Hood (sim, é uma mulher!).

O filme também é mais visceral e violento, mostrando um Frankenstein com um pouco mais de ambição e frieza, beirando o vilanismo (se é que não é isso!); o que acabou não agradando muito a crítica, mas, foi um sucesso de público (o povo adora uma violência!) elevando a Hammer, assim como foi a Universal, a uma das maiores produtoras de terror e fazendo também de Peter Cushing um astro do gênero. E, assim como foi com Karloff e o filme de 1931, a Hammer também produziu sequências para o seu sucesso, só que dessa vez com foco no cientista Frankenstein (meio que para corrigir o erro da Universal de ter consagrado o monstro como o mesmo) que teve Cushing o interpretando em todas as sequências: A Vingança de Frankenstein (1958), O Monstro de Frankenstein (1964), Frankenstein criou a Mulher (1967), Frankenstein tem que ser Destruído (1969) e Frankenstein e o Monstro do Inferno (1974). Houve ainda um remake desse filme em 1970 chamado "O Horror de Frankenstein".

Outro ator revelado aqui foi Christopher Lee que fez a criatura e, se nesse ele não se consagrou como astro, isso veio a ocorrer com "O Vampiro da Noite" (1958) em que interpreta o Drácula (o filme é outras das refilmagens de filmes da Universal pela Hammer, aqui como já é de imaginar é do Drácula).

Nota: 7 / 10



  • Frankenstein de Mary Shelley (Mary Shelley's Frankenstein, 1994, Kenneth Brannagh)

Essa é adaptação, até hoje, mais fiel ao livro (3ª edição), portanto puxando mais pro drama vivido por Frankenstein (e o monstro também) do que pro terror (isso não é característica do filme só não, viu, gente?! O livro também combina drama e horror! O que pra mim é o charme!). Por isso, eu, ao invés de fazer uma pequena resenha como fiz nos filmes acima, citarei apenas algumas das principais diferenças com o livro procurando entregar o mínimo possível de spoilers. Começando pela narrativa que no filme é feita diretamente pela de Victor (Kenneth Brannagh) ao Capitão Walton (Aidan Quinn).
Quanto a família de Frankenstein: seu pai (Ian Holm - lembram dele como o odiável andróid Ash de Alien, o Oitavo Passageiro?) além de barão é médico e é ele que realiza o parto de sua mãe (Cherie Lunghi) quando está está grávida de William (Ryan Smith) e morre no parto. Aliás, William é o único irmão de Frankenstein (junto de Elizabeth), sendo Ernest descartado do filme (mas, vamos combinar que no livro ele também só é um carácter a mais e em nada acrescenta a história). William também morre aqui e a empregada Justine (Trevyn McDowell) também é incrimidada, mas além de ser condenada a morte, é morta por um linchamento popular (!!!).
Ao invés de ser um amigo de infância, Henry (Tom Hulce) vira amigo de Frankenstein apenas na universidade de Ingolstadt, onde também conhece o professor Waldman (John Cleese) que se torna um de seus grandes mentores, o incentivando em sua experiência, principalmente na da criatura (na verdade o filme sugere que o professor já havia tentado a experiência da criação antes, porém sem sucesso) fazendo com que mais tarde, após sua morte, Frankenstein use seu cérebro para o monstro (assim como no filme da Hammer, só que aqui o professor morre paralelamente pelas mãos de outra pessoa, não pelas de Frankenstein).
[SPOILER: PULE OS PRÓXIMOS DOIS PARAGRFOS SE NÃO QUISER SABER REVELAÇÕES SOBRE O FILME] Uma coisa interessante do filme foi terem pego o argumento da criação de uma criatura fêmea para o monstro e realmente terem a criado (assim, como A Noiva de Frankenstein de 1935), incrementando muito bem a história. A mesma é criada a partir da morte de Elizabeth (Helena Bonham-Carter, em um de seus melhores papéis) pelas garras do monstro (Robert DeNiro) que é ressuscitada por Frankenstein, mas não para o monstro e sim para ele, porém, a mesma, ao ver no estado que se encontrava, se suicida.
E o livro termina, assim como no livro, com Frankenstein morrendo de exaustão ao terminar sua narrativa a Walton e com a criatura, que o havia seguido, arrependia e lastimosa, só que ao invés de prometer prometer fugir e se suicidar, ela sepulta Frankenstein nas geleiras e ao crêmá-lo aproveita e se suicida com as mesmas chamas, num final mais drámatico impossível! [FIM DO SPOILER]

De longe a versão mais fiel e de longe a versão que eu mais gosto, mesmo sendo puxada mais pro drama, mas afinal, como sou fã do livro, por que não gostaria de sua mais fiel adaptação? Não por menos, teve uma ótima equipe por trás: Kenneth Brannagh que além de bom ator se mostrou um ótimo diretor (Thor tá aí pra provar isso), a também ótima atuação de Robert De Niro como a criatura e que está quase irreconhecível (que eu jurava que era o Gerard Depardieu), isso graças a equipe de maquiagem liderada por Daniel Park (responsável também pela maquiagem e feitos de Guerra ao Terror e A Hora Mais Escura) e que foi indicada ao Oscar por isso. Como se já não bastasse o filme ainda conta com Francis Ford Coppola na produção que, aliás, já havia produzido e dirigido dois anos antes (1992) a adaptação filmística "Drácula de Bram Stoker", como vocês já devem imaginar, também bem fiel ao livro. Só podia ser um filmão mesmo! Merece nada menos que um dez!

Nota: 10 / 10



DÚVIDAS:

  • A Noiva de Frankenstein (The Bride of Frankenstein, 1935, James Whale)
É uma sequência ao filme de 1931 da Universal e começa de onde esse parou, nos mostrando que na verdade  nem o monstro nem Frankenstein morreram, como sugerido no final dele.

Aqui o monnstro é ainda interpretado por Karloff, e Frankenstein ainda é Colin Clive, sendo que alguns personagens do filme anterior foram excluídos do história. Outra personagem que foi mantida aqui foi a de Elizabeth, pois, tem uma participação muito importante na história, só que nesse ela é interpretada por Valerie Hobson, ao invés de Mae Clark. O contrário aconteceu com Dwight Frye, que, mesmo tendo seu personagem (Fritz) executado no filme anterior, ele volta nesse, também como um assistente corcunda, só que dessa vez do dr. Pretorius (Ernest Thesiger) que pede a ajuda de Frankenstein para criar mais vidas, mais criaturas como o monstro que ele criou e, a partir dessa aliança, será criada a noiva de Frankenstein (Elsa Lanchaster - que também interpreta Mary Shelley na introdução do filme).

O filme se baseia em trechos do livro que não foram usados na primeira sequência, como o fato de Frakenstein aprender a falar. Ou mesmo o fato de se criar uma noiva pro monstro ser usado aqui, assim como foi no filme Frankenstein de Mary Shelley, em que realmente uma criatura fêmea é criada  sendo o argumento principal do filme (ao contrário do livro). Portanto, pode-se considerar ainda como uma adaptação do livro. Mas esse é o último da franquia da Universal a se basear em outros argumentos do livro, além da criatura. As outras sequências, em comum com o livro só tem o monstro mesmo (isso, serve como aviso pros filmes da Hammer também, cujo o únco que mantém laço com o livro é o 1º, e o resto viria manter apenas o cientista Frankenstein).

Pra mim, o ponto negativo desse filme foi a introdução da comicidade através de alguns personagens, como o Dr. Pretorius e a governanta Minnie (interpretada por Una O'Connor). Acho que foi algo que não envelheceu muito bem, o que prejudica o filme, chegando a se tornar algo irritante (principalmente a personagem Minnie). No entanto, isso, foi a cereja do bolo para que o filme fosse tão bem aclamado pela crítica quanto seu antecessor, o que viria a se tornar marca registrada do diretor James Whale em seus filmes: horror com tons cômicos. Mas, como gosto é gosto, isso não me agradou, portanto...

Nota: 5 / 10

  • O Horror de Frankenstein (The Horror of Frankenstein, 1970, Jimmy Sangster)
Esse nada mais é que um remake (ou reboot, se preferir) do sucesso de 1957 da Hammer. O estúdio queria nada mais que dar um novo ar a um de seus clássicos e adaptá-lo ao público da época, incluindo um pouco mais de humor negro e erotismo, nascendo assim um Frankenstein mais inescupuloso que o interpretado por Cushing (aqui vivido por Ralph Bates).

A ambição de Frankenstein, aqui é tão grande, que nem seu pai (George Belbin) e seu melhor amigo (Graham James) escapam de suas garras, quando se põem em seu caminho. Aqui ele simplesmente se mostra bem mais maléfico do que o monstro, interpretado por David Prowse, que, aliás, pouco aparece para dar o seu ar da graça! E enquanto nos outros filmes Frankenstein é castigado; por exemplo, sendo preso, condenado a forca e até morendo; aqui, onde ele é mais canalha que tudo, ele simplesmente termina impune num dos finais mais discarado de todos!

Enfim, essa versão é mais puxada pro humor negro, mas, isso não a desqualifica e, acreditem vocês, eu curti muito essa versão do filme e (podem me crucificar) mais do que a versão de 1957. As doses de humor negro  e erotismos dada a esse filme combinam muito bem e, ao contrário de A Noiva de Frankenstein (que fique claro que é MINHA OPINIÃO), o humor aqui funciona bem melhor, visto que o que era considerado humor negro na época dele (1935) hoje já é algo bem bobo, algo que não envelheceu muito bem.

O elenco feminino também merece destaque aqui: Veronica Carlson (que já havia atuado antes em Frankenstein tem que ser Destruído da Hammer) como a apaixonada incorrespondida Elizabeth, que ainda, é feita de governanta na casa de Frankenstein (seu amado) quando esta encontra-se endivida após a morte do pai (que seu amado matou) e a ele pede ajuda acabando por receber isso, acredita?! E a outra que valha a menção é a linda atriz Kate O'Mara que interpreta a empregada (acrescente sexual) Alys.

Nota: 8 / 10

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Arraste-me para o Inferno

(Drag Me to Hell, 2009, Sam Raimi)




E aí, galera?! Sentiram minha falta? Pois, cá estou novamente para resenhar mais um filme.

O felizardo de hoje é o Drag Me to Hell ou, como é conhecido no Brasil, "Arraste-me para o Inferno". Filme que estive um tanto receoso de assistir, pois, havia ouvido bastante opiniões negativas sobre ele e uma vez, passando pelo canal SBT quando ele estava exibindo o filme há uns tempos atrás, peguei uma cena que achei realmente rídicula e tomei as dores de não assistí-lo. Porém, minha decisão mudou logo que sube que o filme era do saudoso Sam Raimi. Reconsiderei, então! Fora que achava injusto me deixar levar por opiniões alheias e não dar uma chance pro filme, assim fui assistí-lo! Eis que me surpreendi com o resultado de minha reconsideração (e do filme também) e me arrependi de ter julgado tão mal ele de primeiro momento e que os "TERRORistas" que frequentam meu blog e Sam Raimi me perdoem por tamanha injúria que cometi ao fazer isso!

Deixando o drama de lado, o filme marca a volta de Raimi para o terror depois de ter embarcado na onda de super-heróis e junto da trilogia Evil Dead são os únicos dirigidos por ele até agora. Porém, no que diz a produção é um dos vários filmes de terror feito por sua produtora Ghost House Pictures fundada nos primórdios da década passada em parceria com seu amigo produtor de longa data Robert G. Tapert e que tem no currículo filmes como O Grito, 30 Dias de Noite e o próprio remake/reboot de A Morte do Dêmonio. A Produção contou também com Grant Curtis que também virou parceiro de Sam a partir do filmes do Homem-Aranha.

Sam também participou da escrita do roteiro junto com seu irmão, que também já escreveu vários roteiros de seus filmes. Na verdade o mesmo foi escrito antes do Sam trabalhar nos fimes Homem-Aranha, porém, com o sucesso dele ocorreram mais 2 continuações, fazendo com que a produção desse fosse adiado.

O filme conta a história de Christine Brown (Alison Lohman - A Verdade Nua), uma analista de crédito  que em um de seus atendimentos resolve negar a extensão da hipoteca da casa da velha senhora Sylvia Ganush (Lorna Raver), apenas para impressionar seu chefe por um a promoção a gerência. Mas, Christine escolheu um mal dia, ou melhor, uma má hora pra isso, pois a senhora Ganush é nada menos que uma feiticeira e mesmo após implorar de joelhos a revogação de sua hipoteca e ser contrariada, ao mesmo tempo humilhada, a velha não mede esforços e lança uma maldição sobre Christine que antes se mostra incrédula, mas após vivenciar estranhos acontecimentos fará de tudo para se livrar dessa maldição junto de seu compreensível namorado Clayton (Justin Long - Olhos Famintos) e contará ainda com a ajuda do guru Rham Jas (Dillep Rao - A Origem).

A história, apesar de parecer previsível é bem interessante e tem um boa condução. Soma-se a isso as boas atuações (principalmente por parte de Lorna Raver como a bruxa), a trilha sonora que é bem coloquial e fúnebre e mais os efeitos especiais, que mesmo sendo bem usados, tem um toque, digamos, "trash"... a là Raimi, que obviamente incorpora o humor negro e muitas cenas nauseantes a essa história, nos remetendo ao saudosos Evil Dead's. Aliás, é interessante, ver a evolução técnológica contrastando entre os filmes de terror do Raimi que, mesmo sendo usados para os mesmos fins (repulsa e/ou risos), tem uma diferença enorme, a evolução foi grande em pouco mais de 10 anos.

Apesar das críticas negativas, o filme recebeu quase o triplo de seus gastos (que orçaram em 30 mil), venceu o Saturn Awards de "Melhor Filme de Terror" em 2010 e eu amei o filme! Vocês verão através da nota que irei dá-lo, que por mais que achem exagerada eu curti mesmo ele, arrisco até em dizer que é um dos mehores filmes de teror do século 21. Isso põe em contraste também o pré e pós julgamento do filme, que antes baseado num "disse-me-disse" evoluiu para uma opinião prórpria bem diferente da que eu tinha e que isso sirva de lição pra sociedade (risos)!

Nota: 8 / 10

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Premonição (2000)

(Final Destination, 2000, James Wong)



Agora vamos falar, talvez não com muito entusiasmo quanto falei do primeiro, mas sem desmerecer o filme, até porque ele é legalzinho; de "Premonição" de 2000.

Final Destination, seu nome original, veio com a onda de novos filmes de terror teen que voltaram à moda no final dos anos noventa e introduziu aos clichês desses filmes um novo elemento: a Dna. Morte como a vilã principal. Sim, afinal que coisa mata e causa mais medo que a Morte em si?!?! Uma coisa que o filme acertou a mão foi não terem mostrado a morte, digo, não terem colocado algo para representá-la, como aquela caveira com uma capa preta segurando um cajado que todo mundo pensa quando se fala na dona Morte, ela é mantida oculta deixando, sendo percebida apenas por sombras ou ventos repentinos que antecedem a morte dos personagens. Convenhamos que seria meio engraçado ela aprecendo materializada pra matar as pessoas, né?! Estragaria o filme que já não tem muitas qualificações.

Mas a Morte não é personagem principal. Ela é apenas a vilã na vida de jovens que se atreveram a desafiá-lo depois de escapar de suas garras: quando Alex Browning (Devon Sawa - de Desafio Radical e a sárie Nikita) está prestes a sair de viajem de avião junto de seus colegas para uma excursão com o colégio, então ele pega num cochilo antes mesmo do avião embarcar e tem um pesadelo de que o mesmo irá explodir. Aflito, ele acorda e ao ver que o avião ainda não embarcou fica desesperado e sai gritando pra todos dentro dele de seu sonho e que o mesmo irá explodir. Um colega seu (Kerr Smith - Dawson's Creek)começa a brigar com ele por estar fazendo eles pagarem mico e então o segurança são acionados e os colocam pra fora do voô, nessa também saem do avião o melhor amigo de Alex - Tod (Chad Donella - Comportamento Suspeito), a professora (Kristen Cloke - Natal Negro) que vai acalmá-los, a namorada do colega briguento (Amanda Dermet - da série Os Amigos de Brian), uma colega que ficou assustada como relato de Alex e que sai com medo (Ali Larter - A Casa da Colina, Resident Evil 3 e 4 e a série Heroes), fora um outro aluno do colégio que não conseguiu embarcar e ficou de fora do avião (Seann William Scott - o eterno Stifler dos filmes American Pie). Pela baderna causada, eles são aconselhados a esperarem o próximo vôo, e assim o fazem e quando o avião o qual estariam viajando explode em sua partida, Alex acha que teve uma premonição. A premonição acaba por aqui, o que acontece depois, são pequenos presságios que ocorrem a ele quando um a um de seus colegas que sobreviveram àquela tragédia começam a morrer misteriosamente e que antes disso tem pequenos “avisos” do destino, como visões, começando a perceber que a morte tem um planejamento de como matar pessoas e que usando seus presságios de forma certa ele poderá enganá-la e salvar seus amigos. Mas, acontece que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar e se você escapou da morte uma vez, talvez, não consiga escapar outra.

A história é um pouco interessante, porém, bem previsível, você já sabe que no final ou eles escapam ou não de morrerem outra vez. O que salva (acho que o maior motivo pelo sucesso do filme), não só esse mais os outras sequências dele (sim, teve sequências, assim como seus parceiros Pânico e Eu sei o que Vocês fizeram o Verão passado), foram as mortes bem violentas, regadas a Gore, que se sucederam nele. Tirando isso seria um filme de terror adolescente qualquer lançado durante esse período. Desculpa, caso tenha sido muito rude ao analisar esse filme, mas, depois de assistir à obra de Fulci é difícil assistir esse e encher de elogios, quando não tem muito o que se dar, mas o filme não deixa de ter seu entretenimento!

Suas sequências até agora contabilizam em 5, sendo a última de 2011, e com previsões de mais dois filmes: um pra esse ano e um pra 2015. O que eu não entendo, já que [SPOILER!!!!] se o último filme lançado foi uma espécie de prelúdio do primeiro, fechando assim o círculo da franquia, por que diabos criar mais 2?!?!?! [SPOILER!!!] Com o perdão do trocadilho infame, eu tenho premonições de que essas novas continuações serão bosta na certa!


Enfim, se fomos parar para analisar, o "Premonição" do Lucio Fulci tem mais à ver com o nome recebido em terras tupiniquins do que esse filme aqui, já que, como eu havia dito, a cena de premonição se resume a só uma aqui, e o resto que ele tem são presságios. E Presságios acho que cairia melhor como nome dele, ou, pelo menos, Destino Final que é a tradução ao pé-da-letra do nome orignal que é um trocadilho entre a expressão “destino final” que é usada para o destino de uma viagem de avião (óbvio!) com o “destino final” de cada um, ou seja a morte!

Nota: 6 / 10

Premonição (1977)

(Sette Note in Nero, 1977, Lucio Fulci)



As resenhas de hoje serão sobre dois filmes de terror e suspense que aqui no Brasil receberam o nome “Premonição”. Um é italiano de 1977 e o outro é aquele filme de terror adolescente americano de 2000 que o SBT já passou várias vezes e que todo mundo de minha idade, mais ou menos, deve conhecer. Vamos começar então por ordem cronológica, vamos começar por Sette Note in Nero, ou “Premonição” como eu já disse.

Ao contrário de seu xará mais novo, esse filme de 1977 é obscuro aqui no Brasil, talvez conhecido apenas por fãs de terror, ou menos, apenas por fãs de Lucio Fulci. Apesar disso, acreditem se quiser, eu tomei parte desse filme através de minha mãe. Sim, minha mãe, que disse ter assistido durante sua adolescência nos anos 80 na Rede Record e que gostaria de revê-lo, me contando uma cena que também me deixou super interessado em ver (que só não conto como é, pois, estaria revelando um grande spoiler), mas que não se recordava do nome. Daí, eu não perdi tempo em satisfazer a vontade de minha mãe - e a minha também - e fui logo no Yahoo!Respotas descrever a cena pra ver se descobria o nome do filme e, graças a Deus (sim, pois, ter descoberto esse filme, digamos... foi uma benção! O tempo gasto em descobrí-lo foi recompensador e o porquê vocês entenderão no decorrer do post), eu descobri e eis que é esse que já os apresentei. Então comprei-o e logo o assistie eis que a resenha vos apresentarei abaixo.

O filme começa com nossa personagem principal, Virginia (interpretada por Jennifer O'Neill - Scanners), quando criança tendo uma visão de sua mãe se suicidando e de fato isso vem a acontecer, depois disso ocorre um pulo de 18 anos quando então a personagem está crescidinha e é uma decoradora que muda com seu marido Francesco (Gianni Garko – Momentos de Desespero) para uma casa na Itália e no percurso até a casa, quando está atravessando alguns túneis, ela começa a ter tonturas que dão início ás suas visões de um assassinato e a vítima sendo enterrada na parede de uma casa. Ao chegar a casa ela entra num cômodo e percebe que o mesmo é idêntico ao das visões que teve anteriormente fazendo com que fique obcecada em descobrir o que aconteceu criando uma teia de acontecimentos que fazem com que a mesma perceba que as visões que teve não foram de algo que aconteceu e sim que virão acontecer.

Acho muito injusto Lucio Fulci ser conhecido como “pai do Gore". Não que os filmes que ele produziu para o gênero sejam ruins, mas, muito antes dele aderir ao estilo americano e lançar filmes como a franquia Zombi, que o consagrou, Fulci produziu grandes obras primas pra um gênero conterrâneo seu, o Giallo. Chegando a rivalizar até mesmo com Dario Argento, Fulci produziu obras como “Lagarta em Corpo de Mulher” de 1971 e “Não se tortura um Patinho” de 1972 que são tão bons quanto os Zombis da vida e que, na minha opinião, mereciam muito mais reconhecimento. Digo o mesmo para Premonição, que apesar de não ser considerado um “amarelinho”, tem vários elementos característicos do mesmo como por exemplo o assassino em série matando qualquer um que atravesse seu caminho com uma luva preta e uma faca e que só é revelado no final quem é (aqui ele não está em série, muito menos usa luvas ou mesmo facas para matar), a câmera volúvel que ao mesmo tempo que nos apresenta vários detalhes nos engana com eles, fora a trilha sonora tensa que ajuda no condução do filme (aqui assinado por Fabio Frizzi presença obrigatória nos filmes de Fulci).

Muitos fãs consideram o nome recebido no Brasil um spoiler, mas eu acredito que não seja pra tanto mesmo que trate-se disso a história contada no filme, estamos falando de Lucio Fulci um dos mestres do cinema fantástico e que, com certeza, nos guardou muito mais surpresas no decorrer da história. Ele fez d'uma obra simplista um filme extraordinário (desculpe meu saudosismo/puxa-saquismo, mas não consigo ser imparcial quando se trata de Giallo e principálmente sendo dos meus diretores preferidos que são italianaos. Vocês verão muito isso em possíveis próximas críticas sobre filmes deles) e pelo clima setentista de filmes de terror que não consigo descrever apenas com uma palavra (outro saudosismo meu).


Enfim, é uma obra-prima, um suspense eletrizante! Que recomendo a todos verem, seja comprando (o que é raro de encontrar), baixando ou via stream, não importa! O filme vale muito à pena e, assim como eu, vocês não se arrependerão!

Nota: 9 / 10

domingo, 26 de janeiro de 2014

Os Caça-Fantasmas

(Ghostbusters, 1984, Ivan Reitman)




O filme de hoje será o dono do primeiro post off-topic daqui do blog. Hoje vou falar dos "Caça-Fantasmas". Um clásssico da Sessão da Tarde e dos anos 80 que quem viveu esses anos ou os anos 90 e não conhece esse filme, por favor se mata, pois com a repercussão que esse filme teve em seu lançamento e o tanto que foi reprisado na TV, não é possível que alguém nunca tenha assistido! Tá ok, que ultimamente ele foi esquecido até a Globo ano passado ter tirado ele do fundo baú e ter passado novamente na Sessão da Tarde, acho que isso foi por outubro/novembro, não me lembro bem. Mas, poxa, até o Chris e o Greg cabularam aula pra ver esse filme e acabaram se dando mal, hahaha!

"Os Caça-Fantasmas" não foge muito do tema do blog, pois, tem muitas referências de filmes de terror e vários elementos do cinema fantástico (como o prórpio nome já diz: "fantasmas"), mas, por se tratar de uma comédia eu vou colocá-lo como off-topic. Ah, e também o filme conta ainda com a participação da musa dos aliens e também dos humanos (risos) Sigoruney Weaver (aliás, ela está com uma beleza e um corpo de deixar qualquer modelo no chinelo! Desculpa, Gisele Bündchen, mas a Sigourney quando era mais nova era melhor que você, na minha opinião!). Aqui ela não é destruidora/aniquiladora de nenhuma criatura e sim como uma vítima delas: quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa, como por exemplo sua geladeira se transformar em um tipo de portal com uma dimensão malígna com estranhas criaturas, Dana Barrett (Sigourney) resolve procurar os Caça- Fantasmas, após ver um anúncio deles na televisão. Eles são um grupo formado pelos doutores Egon Spengler (Harold Ramis) - o mais sério do grupo, Ramond Stantz (Dan Aykroyd) - o fanático por aventuras e Peter Venkman (Bill Murray) - o charlatão que usa seu conhecimento para se sobressair e conquistar as mulheres (e usará isso para conquistar a primeira cliente que nada mais é que Dana); que após serem expulso da universidade em que lecionavam parapsicologia resolveram sair da teoria e praticar seus conhecimentos sobre o paranormal caçando fantasmas. Eles caçam e prendem os fantasmas em uma câmara que usa de energia nuclear para manter sua estabilidade, logo as armas que usam também e, não demora muito até que um ambientalista (William Atherton) consegue um mandado para destruir esse equipamento não pensando na consequência disso acabando por liberar novamente os fantasmas e dando início a um apocalipse fantasmagórico, cujo o acontecimento tem haver com os incidentes estranhos do apartamento de Dana colocando, não somente ela, mas outros moradores do prédio, que esconde um segredo sombrio, em perigo. Mas os Caça-Fantasmas não "brincam" em serviço (mesmo que seus cargos tenham sido cassados e suspensos), principalmente Venkman que fará de tudo desde convencer o prefeito da cidade e até lutar com um deus malígno para salvar Dana (e também a humanidade, mas isso em segundo plano - risos)!

Com certeza uma pérola dos anos 80 com atores figurinhas carimbadas daquela época, principalmente de filmes de comédia como é o caso de Bill Murray (Tootsie e Recrutas da Pesada - que até mesmo o filme o satiriza, como numa parte do filme entre um diálogo entre seu personagem Venkman com Dana a mesma diz que ele não tem cara de ser doutor e sim um comediante), Dan Aykroyd (Espiões entrando numa Fria e Os Pilantras 2 - e que também, junto com Harold Ramis, além de atuar roteirizaram o filme e a sequência de 1989) e ainda a participação de  Rick Moranis. o inventor Wayne da trilogia "Querida, estiquei/encolhi alguma coisa" também clássicos das tardes de filmes nas décadas passadas.

Os efeitos especiais, apesar de não serem dos melhores (e hoje, óbviamente, estarem datados), na época concorreu a vários prêmios, indicados em categorias relacionadas a isso. Mas, não foram os efeitos especiais que deram prêmio ao filme, mas, sim a trilha sonora, ou melhor dizendo, a música composta/interpretada por Ray J. Parker, tema do filme, que leva o nome do mesmo como título: "Ghostbusters". A música foi indicada em vários prêmios de cinema na categoria "melhor canção" (vencendo apenas um: no BAFTA de 1985) e é com ela que eu encerro o post com chave de ouro e um clima de nostalgia inesquecível que só as trilhas sonoras de filmes (e os filmes também) passados sabem nos deixar: 

"Who you gonna call? GHOSTBUSTERS!" ♪♫♪♫♪♫:

Nota: 8 / 10




terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cloverfield - Monstro

(Cloverfield, 2008, Matt Reeves)




Olha o Matt Reeves aí de novo, gnt! 

Pra sairmos um pouco do clima anos 50 que estava o blog e voltarmos à atualidade, resolvi falar sobre outro filme do Reeves (de Deixa-me Entrar) que tive a oportunidade de assistir esses dias: Cloverfield.

O estilo do filme também é bem atual: é o Found Footage, que tem sido bastante explorado atualmente no cinema, principalmente em filmes de terror, como é o caso do nosso filme de hoje. Esse estilo "filmagem perdida" foi explorado primeiramente no polêmico Holocausto Canibal em 1980 que, apesar de ser um filme italianao, foi filmado aqui na Amazônia e produziu uma imagem deturpada de índios canibais (não há nada comprovado se realmente existem/existiram tribos canibais no Brasil, mas até que se prove ao contrário, nossos índios são muito é do bem, viu?!) e que foi banido em 50 países, dentre eles a prórpia Itália e  o Brasil. Acredito eu, que devido a polêmica com o filme, o gênero found footage foi evitado, permanecendo no limbo por quase duas décadas até que, em 1999, Daniel Myrick e Eduardo Sanchéz vem com sua Bruxa de Blair que foi sucesso de público e bilheteria lucrando milhões. Mas mesmo assim, não foi o suficiente para tirar essa modalidade de filme do limbo até 2007, quando Atividade Paranormal e [REC] o reafirmando como gênero de $uce$$o, fazendo com que, dessa vez fosse altamente explorado.

Lançado um ano após o sucesso de Atividade Paranaormal, Cloverfield contou de um marketing massivo para sua divulgação, aproveitando ainda que o gênero estava em seu "hey-day" para lançar um novo elemento no found footage: um monstro. Sim, enquanto Atividade trazia espíritos, Blair trazia Bruxas e Holocausto canibais, Cloverfield resolveu investir em um monstro que aparece do nada, mas, do nada mesmo, para atacar New York, a cidade que não para! Tudo começa quando amigos estão planejando uma festa de despedida para Rob Hawkins (Michael Stahl-David) que viajará a trabalho pro Japão (Japão, monstro gigante que ataca cidade... será o filme uma possível homenagem a Godzilla e seus wannabes?). A festa ocorre nos trinks sobre a filmagem de Hud (T.J. Miller), até que um tremor acontece e todos ficam apavorados achando que é um ínico de teremoto, então eles vão para a sacada verem o que se passa, mas quando bolas de fogo são lançadas do nada pelas ruas, eles descem do prédio apavorados, até descobrirem que a amaeaça é muito maior do que um terremoto: um monstro ataca Nova York.

Assim, como o seu predecessor: Bruxas de Blair, que em nenhum momento revela a bruxa no filme, Cloverfield também deixa esse detalhe em, aberto, mostrando apenas em alguns flashes na filmagem o monstro, mas em nenum deles a cara é revelada, o que eu até entendo, pois, algo oculto aos olhos causa realmente mais pãnico do que algo que se pode ver, fora o risco de nos apresentar uma criatura decepcionante acabando com o clímax do filme. Porém, Cloverfield deixa oculto mais coisa e não só a face do monstro, mas também explicações de como e porquê ele chegou para atacar Nova York. Isso deixou muitos telespectadores irritados saindo reclamando das salas de cinema, óbvio, mas a explicação da falta de explicação (rs!) é de que o filme parecesse 100% com uma filmagem realmente achada, de parecer o máximo possível que jovens gravando uma festa acabam sendo pegos de surpresa por um ataque monstruoso e que mesmo com a correrria na chance de tentar se salvar continuam gravando tudo; a escolha de atores desconhecidos/novos também foi usada em prol da realismo que o filme queria passar. Mas eu acho que, pelo menos, em um dos momentos em que a galerinha tentando se refugiar encontram-se com soldados, poderia pelo menos ter surgido algum diálogo que mesmo que de leve revelasse algo sobre o monstro, só acho.

Outra coisa que irritou, pelo menos a mim, foi o fato do filme ter insistido na intercalagem entre as filmagens que ocorreram durante o dia do ataque e de um diálogo gravado entre Rob e sua paixão Beth (Odette RoittYustman), já que a fita que usaram para gravar a festa/ataque era uma fita que Rob havia gravado com Beth, mas, sem querer foi usada para a gravação. Mas, no final do filme, eu acabei entendo a insistência nesses intercales... ah, a ironia do destino (só assistindo vcs saberão, rsrs)! Me irritou também, e isso acho que não só a mim, foi de terem usado o famoso clichê do jovem apaixonado em um filme de terror, que mesmo sabendo do terror que está havendo a sua volta, resolve tentar salvar o seu amor, pois aqui Rob resolve ir até o prédio da Beth para tentar salvá-la, só que o prédio dela fica perto de onde o monstro se localizava e mesmo sabendo disso o cego de paixão (leia-se burro, idiota, otário!) vai até lá, e o pior que os amigos dele, muy amigos que são, resolvem, mesmo que contrariados ajudá-lo! É realmente de matar, não! Mas, com isso descobrimos de prega que o monstro não é a única ameaça, mas também, os parasitas do monstro. Sim! Assim, como um cachorro tem pulgas, o monstro tem parasitas que são de o tamanho de cachorros Rottweillers (coerente, já que o mosntro é gigante) que saem dele para ajudar, involuntariamente, em seu ataque... foda!

Bom, apesar das coisas irritantes que citei, o filme ainda consegue ser um bom entretenimento e que cumpre com a função de nos passar a imagem de uma filmagem real e com seus momentos de tensão e angústia consegue nos colocar no lugar (ou com) os personagens, mesmo que, óbviamente, eu tomaria algumas decisões super diferente deles se minha cidade sofresse um ataque desses, a começar pelo fato de largar a camera e sair correndo pra tentar me refugiar o mais longe possível dali, rsrsrsrs!

Nota: 6 / 10



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ainda no clima de 50' sci-fi horror movies, vamos com um clipe de uma música d'um grupo italianao chamado Brainbug que talvez muitos não conheçam, mas em 1997 eles tiveram um pequeno sucesso chamado "Nightmare" cujo o videoclipe faz paródia aos filmes dessa época:


A musik é legal é um mix de música sinfônica com dance, mas o clipe com certeza é uma obra a parte! Muito engraçada a homenagem, principalmente aos efeitos "especiais" que dominaram os filmes dos anos 50!